As modalidades de utilização do automóvel como um serviço estão a ganhar terreno, especialmente nas zonas urbanas. Cada vez mais pessoas querem beneficiar da mobilidade e da liberdade proporcionada pelo automóvel, sem os constrangimentos associados à sua posse: imobilização de capital, processo de compra complicado, exposição a custos elevados de manutenção e/ou reparação após o término da garantia, dificuldade de revenda da retoma. Alguns utilizadores encaram mesmo a possibilidade de recorrerem exclusivamente a serviços pontuais de mobilidade (Ride-Hailing, Car-Sharing, Car-Pooling e Rent-a-car), para evitarem as inconveniências de ter um veículo à disposição mesmo quando este não é necessário (estacionamento, seguros). Hoje em dia o negócio do Concessionário é essencialmente vender e financiar veículos e prestar serviços de manutenção e reparação. Vender a particulares, a empresas e a frotistas. O modelo de compra em propriedade irá perdurar - especialmente fora dos centros urbanos ou para um tipo específico de veículo e de Cliente - mas perante o recuo deste formato de compra, é pertinente reequacionar o papel do Concessionário, ainda muito alicerçado na comercialização de automóveis e serviços de após venda.
Já referi o caso do Concessionário da Skoda, Pol-Mot Auto, que está a prestar um serviço de car-sharing em Varsóvia. No início da semana passada Chuck Stevens, CFO da General Motors, disse que este construtor está a estudar formas de utilizar a sua rede de concessionários como gestores de frotas de veículos autónomos. Conforme se refere no estudo "2025 Automotive 360º Vision" da World Shopper, o Concessionário está muito bem posicionado para fornecer serviços de mobilidade. Para além de estruturas físicas preparadas para receber e manter veículos, estas empresas de retalho dispõem da capacidade logística e do conhecimento necessário para a gestão de frotas das marcas que representam. Perante uma ofensiva clara dos OEM nos novos conceitos de mobilidade - com a aquisição de múltiplas start-ups nesta área - é mais do que tempo de se integrar o melhor do modelo tradicional de negócio com as novas formas de satisfazer as expectativas dos Clientes. Ricardo Oliveira 2025 Automotive 360º Vision Foto: Maven
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March 2022
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