Descubra como é que correu a primeira ida da nossa BMW C Evolution à oficina e como é que nos temos dado com os 160 km de autonomia. Estamos a relatar uma experiência de utilização de longo prazo de uma moto elétrica, mas a maior parte das conclusões são também válidas para automóveis. Saiba tudo sobre o nosso dia-a-dia e conheça as vantagens e os inconvenientes desta moto a "pilhas"... Sem óleo para mudar, o que é que fui fazer à oficina? Esta semana levei a BMW C Evolution à revisão dos... 1.000 km! Desde que recebi esta moto 100% elétrica a 14 de dezembro de 2018, percorri apenas 2.117 km! No primeiro semestre de 2019 estive frequentemente fora de Portugal, incluindo o périplo pelo norte da Europa com o KIA e-Niro, no âmbito da Electric Mission 2019. Como no trajeto "casa-escritório" utilizo uma e-bike, a C-Evolution tem ficado limitada às deslocações pontuais entre Cascais e Lisboa. Devido a dificuldades de agenda acabei por atrasar a realização desta intervenção, ultrapassando a quilometragem recomendada em 1.117 km. Seja como for chegou o momento de ir à oficina! Fazer não sei bem o quê... Como qualquer veículo 100% elétrico a C Evolution é um "atentado às oficinas". Não existe óleo de motor, não há filtros, nem velas, nem correia de distribuição, nem embraiagem. Graças à função de regeneração da bateria, as pastilhas e os discos de travão chegam a suportar dez vezes mais quilómetros. Na maior parte dos veículos elétricos, a lista de operações das revisões é constituída apenas por verificações de funcionamento, substituição do filtro de habitáculo (automóveis) e fluido de travões e reposição do nível de água do lava-vidros (automóveis). Em maio de 2019, na passada edição da World Shopper Conference, tratou-se o tema do futuro das oficinas num cenário de um parque circulante muito mais eletrificado. Na altura foi dito que estes operadores deverão passar, por exemplo, a assistir simultaneamente um leque mais diversificado de veículos elétricos (automóveis, motociclos, e-bikes, scooters) e deverão desenvolver mais atividades ligadas à reparação, reutilização e reciclagem de baterias. A intervenção dos 1.000 km a que foi submetida a C Evolution é muito simples e, por isso, ainda não traduz o diferencial de custo face a uma moto a combustão. Este serviço designado por "Controlo de Rodagem" não inclui nenhuma operação especificamente associada à propulsão elétrica e tem o preço de 29 €, com IVA incluído. A intervenção foi realizada no concessionário Caetano Baviera Entrecampos, onde fui muito bem recebido pelo Paulo Filipe, Paulo Teixeira e pelo Pedro Hogan. Depósito sempre cheio As reduzidas dimensões e a manobrabilidade de um motociclo, conjugadas com a alimentação por ficha Schuko de 220 V, permitem um acesso fácil a tomadas convencionais existentes em parques de estacionamento, garagens, oficinas, armazéns e outros espaços acessíveis a veículos de duas rodas. Isto significa que é raro não haver uma oportunidade para carregar a C Evolution. Nestes primeiros 1.000 km o indicador de capacidade da bateria raramente desceu abaixo dos 60% e a situação mais frequente foi iniciar cada percurso com 100% de carga. Já tinha tido esta sensação quando "vivi" diariamente com automóveis elétricos: é tão frequente dispor da autonomia máxima, que isso acaba por fazer esquecer esta famosa limitação dos BEVs. Para utilização essencialmente urbana com frequentes passagens na A5, os 160 km de autonomia desta nova geração da C Evolution têm sido perfeitamente suficientes para os meus percursos, nunca tendo sentido a necessidade de ir procurar tomadas para um carregamento de emergência. Por outro lado, a conjugação desta autonomia máxima com a inexistência de carregamento rápido nesta scooter, inviabiliza a realização de viagens mais longas. Não é que a insuficiente proteção aerodinâmica, o reduzido espaço para bagagem e o conceito urbano da C Evolution convidem a longos périplos, mas a possibilidade de carregamento rápido, mesmo mantendo a autonomia máxima de 160 km, acrescentaria mais polivalência a esta scooter. Foguete urbano
Se um motociclo já é, à partida, um veículo mais ágil face a um automóvel, uma scooter é a referência em maneabilidade, em ambiente urbano. Se a esta característica unirmos a disponibilidade imediata do binário máximo de um motor elétrico e uma ciclística de excelência, temos o veículo mais rápido para deslocações em ambiente urbano. Nenhum automóvel minimamente adaptado para circulação em cidade é capaz de se despachar como a C Evolution. Mesmo a minha Riese & Müller, uma e-bike S Pedalec capaz de atingir 45 km/h com assistência elétrica, a aproveitar as ciclovias e os atalhos é incapaz de assegurar deslocações tão rápidas em cidade. Qualquer deslocação no modo Dynamic da C Evolution é um prazer e a quase total ausência de ruído rima na perfeição com o conceito scooter. Este mês a World Shopper mudou de instalações e vou passar a utilizar a C Evolution mais intensamente. Até ao próximo artigo relacionado com esta experiência de utilização estarei à vossa disposição para responder a questões, através dos canais World Shopper nas redes sociais. Até já! Ricardo Oliveira World Shopper founder #LongTermBMWcEvolution #WorldShopper #2025Automotive360Vision #bmwmotorrad #bmwcevolution #cevolution
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